Revista da CGU abre chamada para dossiê especial sobre Auditoria Interna Governamental no Espaço Lusófono

A Revista da CGU, com o apoio institucional da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), apresenta chamada de trabalhos para o dossiê especial Auditoria Interna Governamental – Análise, Discussão e Perspectivas no Espaço Lusófono, previsto para publicação em junho de 2023. A coordenação editorial do dossiê será capitaneada pelas editoras convidadas Rossana Guerra de Sousa (Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Brasil) e Ana Calado Pinto (Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE, Portugal).

Angelus Novus, um quadro de Paul Klee (1920), que representa um anjo afastando-se de algo que encara fixamente, quando comentado pelo filósofo Walter Benjamim em seu ensaio intitulado “Sobre o Conceito de História”, nos faz refletir sobre o movimento que nos leva ao progresso, inclusive ao progresso do conhecimento e de nossas atividades, como a de auditoria interna governamental.

O anjo está imerso em uma tempestade que representa o progresso, com seu rosto voltado para o passado, onde se vê uma cadeia de acontecimentos, e é empurrado rumo a um futuro do qual não consegue ver. Rumamos para o futuro, com olhos no que aconteceu no passado.

Sob essa perspectiva, a proposta para esta edição que tem como objetivo ampliar a difusão, promoção do conhecimento e da pesquisa em auditoria interna governamental além do Brasil, integrando o debate em todo o espaço lusófono , é que possamos integrar 3 dimensões que nos conduzem rumo ao progresso (passado, presente e futuro) , com a seguinte categorização:

  • Análise, do que nos trouxe até aqui, das experiências, cenários e objetos já examinados e aplicados na área de auditoria interna, a perspectiva do que já foi feito no passado ou no caminho até o presente;
  • Discussão, do que estamos pesquisando e utilizando hoje, como ferramentas, estruturas e regulações; e
  • Perspectivas, que temos, pensamos ou estimamos para os caminhos futuros da função auditoria interna no âmbito governamental.

Para cumprir a meta de integração temática para um objeto de estudo com múltiplas possibilidades de aplicação em cenários locais, como a auditoria interna governamental, decorrentes das diversas arquiteturas de poder e controle, histórica, política e até de distintos níveis de maturidade institucional, em cada país membro, também se faz necessário uma abertura temática para além das categorizações adotadas no espaço do Brasil para catalogar as esferas de interesse e possibilidades.

Soma-se a esse grande desafio temático de interação a própria característica do conhecimento científico que pode ser gerado do tema auditoria interna governamental, sob diversas perspectivas metodológica, paradigmática e disciplinar.

Uma rica abordagem e grandes possibilidades de construção e compartilhamento de conhecimentos nos é apresentada nesta Edição Especial e a proposta temática nesta linha, segue um formato diferenciado para permitir contemplar tantas variáveis integradoras.

Considerando a base linguística e a cultura que nos integram, as nossas diferenças institucionais e pontos de aproximação na abordagem da auditoria interna do governo, podemos contribuir para moldar em voo o futuro, a partir da nossa visão do que já fizemos e fazemos, e, aprendemos em conjunto e entender as perspectivas comuns e particulares da auditoria interna governamental no ambiente lusófono, discutindo o tema em forma de:

  • Artigos (ensaios teóricos, empíricos e estudos comparados);
  • Relatos Técnicos (relatos de experiências temáticas, estudo de casos de aplicações práticas e análise crítica de sucessos e insucessos);
  • Resenhas;
  • Traduções.

Sob o guarda chuva – AUDITORIA INTERNA GOVERNAMENTAL – ANÁLISE, DISCUSSÃO E PERSPECTIVAS NO ESPAÇO LUSÓFONO, podem ser abordados, dentre outros correlacionados, estudos referentes a:

  • Tipologias de Auditoria: Operacional, Financeira, Conformidade, Fraude;
  • Técnicas de Trabalho: Técnicas de Auditoria Assistida por Computador (TAAC), Auditoria Contínua, Auditoria Baseada em Riscos;
  • Tipologias de serviços de Auditoria Interna: Serviços de Asseguração, Serviços de Consultoria;
  • Escopo de Serviço, Limitações e Integrações: Governança, Gestão de Riscos e Controles Internos, Integridade, Desenvolvimento sustentável;
  • Temáticas Técnicas Amplas:
    • Inovação: Experiências dos países, processos ou operações;
    • Regulação: Normativos institucionais, IPPF, Princípios ou regras;
    • Gestão da Qualidade e quantificação de benefícios;
    • Maturidade: Modelos, ações, oportunidades e desafios;
    • Modelos de Asseguração (3 linhas e outros).
  • Temáticas Institucionais Amplas:
    • Papel e relevância social e econômica;
    • O papel institucional e a gestão – desafios e possibilidades;
    • Além das normas, o que há no ecossistema da auditoria interna?
    • Regulação e autonomia metodológica – crítica e discussão;
    • Liderança Feminina na Auditoria.

Objetivo: ampliar a difusão e promoção do conhecimento e da pesquisa em auditoria interna governamental além do Brasil, integrando o debate em todo o espaço lusófono.

Apoio: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por meio do estímulo à cooperação das comunidades científicas e governamentais do espaço da língua portuguesa para a troca de informações e conhecimentos.

Relevância: tema de relevância acadêmica na agenda de pesquisa em administração pública, mas sobretudo, trata-se de um tema de particular abrangência e significância para o fortalecimento e o aumento da eficiência do Estado, e em última análise, para a entrega de melhores políticas públicas que promovam o desenvolvimento socioeconômico de cada Estado membro.

Países foco: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste

Pontos temáticos convergentes: Compartilham língua e cultura portuguesa

Sobre a Revista da CGU

A Revista da CGU é um periódico científico voltado à promoção e difusão do conhecimento e da pesquisa de elevada qualidade em temas afetos às áreas de Controle, Auditoria, Correição, Transparência, Ouvidoria e Prevenção e Combate à Corrupção.

Políticas e Diretrizes para submissões

As políticas e diretrizes para envio de contribuições para o dossiê são:

  1. Os trabalhos devem observar e contribuir com o objetivo e os temas deste dossiê;
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  2. As contribuições podem ser redigidas em português, inglês ou espanhol, sendo obrigatória a apresentação do título, resumo e até cinco palavras-chave nesses três idiomas;
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  3. Ao enviar submissões a esta chamada, deve ser indicada a seção “AUDITORIA INTERNA GOVERNAMENTAL – ANÁLISE, DISCUSSÃO E PERSPECTIVAS NO ESPAÇO LUSÓFONO”, marcando este campo específico na caixa de seleção “seção”;
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  4. As citações e referências bibliográficas devem obedecer às normas da American Psychological Association (APA);
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  5. Os artigos científicos devem visar à construção e consolidação do conhecimento teórico ou teórico-empírico, contendo até 7.000 palavras, com originalidade e apresentação clara e consistente da metodologia, sendo obrigatória a questão e os objetivos da pesquisa;
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  6. Os ensaios devem abordar temas empíricos ou teóricos específicos relevantes para o tema por sua originalidade, impacto ou controvérsia, contendo até 4.000 palavras;
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  7. Os relatos técnicos devem apresentar discussões práticas sobre experiências relacionadas à auditoria interna governamental e devem conter até 4.000 palavras.

Cronograma

  • Lançamento a chamada de trabalhos: 19/08/2022
  • Encerramento do recebimento de contribuições: 31/01/2023
  • Lançamento do dossiê especial: junho de 2023

Submissão

Para submeter seu artigo, ensaio ou relato técnico para este dossiê, acesse a página de submissões da Revista da CGU.

 

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Foto do post por DCStudio / freepik (banco de imagens)

 


 

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